Baruch Espinosa sobre virtude, liberdade, recompensas e punições

A recompensa da virtude é a própria virtude e o castigo reservado à desrazão e ao abandono de si é precisamente a desrazão. Quem defende recompensas e castigos não encontra nada que lhe apraza na virtude mesma e no saber, e evita os maus atos com hesitação, forçando a si mesmo como um escravo. Ele espera que sua servidão seja paga a um preço que a seus olhos vale muito mais do que o amor: tanto mais caro quanto mais aversão ele tem ao bem e se coage mais. (Resumo de um argumento da Carta 43)
A liberdade é uma virtude e, portanto, tudo que em alguém é sinal de impotência não pode ser atribuído à sua liberdade. [...] Quanto mais livre alguém é, menos podemos dizer que esse alguém pode não usar da razão e escolher o mal em vez do bem. (Tratado político II, VII)

Nenhum ato pode ser chamado de mau senão relativamente à nossa liberdade. (Carta 21)


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