Baruch Espinosa sobre natureza, confusão e mal

Não atribuo à natureza nem beleza, nem feiura, nem ordem, nem confusão. De fato, as coisas não podem ser chamadas de belas ou feias, ordenadas ou confusas a não ser em relação à nossa imaginação. (carta 32)

Toda coisa que existe, considerada em si mesma, e não em relação a outra, envolve uma perfeição tendo exatamente os mesmos limites de sua essência, pois essência e limite formam uma e a mesma coisa. Por isso, essa má decisão, considerada em si mesma, envolve tanta perfeição quanto a realidade por ela expressa; e isso se conhece ao se considerar que não podemos conceber em algo qualquer imperfeição, a não ser quando o compara mos à outro algo que possua mais realidade. (Carta 19)

Tenho, por coisas equivalentes, os milagres e a ignorância porque aqueles que se propõem a fundamentar a existência de Deus e da religião sobre os milagres, querem demonstrar 
o obscuro pelo mais obscuro e introduzem uma nova maneira de raciocinar: não mais a redução ao impossível, como se diz, mas à ignorância. (Carta 75)


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